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SÍLICA E SEUS RISCOS

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Sílica é o nome comumente utilizado para o dióxido de silício (SiO2), presente em diversas formas na natureza. A sílica é utilizada em inúmeras aplicações e processos, podendo ser subproduto de procedimentos de limpeza e polimento. O principal problema desse composto é o possível desenvolvimento de doenças respiratórias por sua inalação.

 

O dióxido de silício está presente em forma sólida e pouco solúvel na composição da litosfera, a camada mais explorada pela indústria. Sua estrutura pode variar, dependendo da temperatura que esteve exposta. Resumidamente, a sílica pode ter a estrutura cristalina, chamada de Sílica Livre Cristalina, como o α-Quartzo (<573°C), β-Quartzo (573°C), Tridimita (870°C) e Cristobalita (1470°C); e pode apresentar-se na forma amorfa (1713°C), natural ou sintética, ambas termodinamicamente estáveis.

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Um exemplo da presença da sílica na indústria é na fabricação de cerâmicas, como tijolos, peças de granito ou mármore. Desde o processo de obtenção da matéria prima, até o polimento do produto final, pode haver exposição à SiO2 . No final do processo de fabricação de uma bancada de granito, por exemplo, a peça é polida com auxilio de ferramentas que geram atrito com a superfície do material. Um fino pó é gerado nesse processo e fica suspenso no ar, antes de decantar por toda a área de trabalho. Esse resíduo contém, entre outros compostos, a sílica, que pode estar presente em sua forma amorfa ou cristalina.

 

Quando a Sílica Livre Cristalina é inalada, ela pode depositar-se na região respirável, dos alvéolos e bronquíolos, dependendo de seu tamanho. Essas moléculas são ingeridas por macrófagos, células que tentam destruir corpos estranhos. Esses macrófagos, junto às moléculas da sílica, acabam por se acumular e causar inflamações no pulmão. Dependendo do grau e tempo de exposição, pode-se desenvolver fibrose e até câncer.

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O melhor modo de prevenir e eliminar os riscos da sílica no ambiente industrial, é realizar uma correta análise preliminar de riscos em todo o processo, levantando pontos de melhora e definindo quais devem ser mais profundamente estudados. Posteriormente a isso, realiza-se as medições com as metodologias e ferramentas adequadas, quantificando os compostos presentes no ambiente. Com essas informações, deve-se elaborar um laudo técnico conclusivo sobre as condições ambientais e se os sistemas de proteção são adequados para a prevenção dos riscos ocupacionais, o qual servirá para indicar melhorias necessárias as condições de trabalho e atendimento às legislações trabalhistas e previdenciárias.

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